Gilles Deleuze e os Direitos Humanos

As pessoas vêm me falar de Direitos Humanos. É conversa para intelectuais de meia tigela, intelectuais sem ideia. Notem que estas Declarações de Direitos Humanos não são feitas pelas pessoas diretamente envolvidas. Não é uma questão de Direitos Humanos, nem de justiça e sim de Jurisprudência. Todas as abominações que o homem sofreu são casos e não desmentidos de direitos abstratos. São casos abomináveis. Pode haver casos que se assemelhem, mas é uma questão de jurisprudência. Agir pela liberdade e tornar-se revolucionário é operar na área da Jurisprudência. A justiça não existe! Os Direitos Humanos não existem! O que importa é a Jurisprudência. Esta é a invenção do Direito. Aqueles que se contentam em lembrar e recitar os Direitos Humanos são uns débeis mentais. Trata-se de criar, não de se fazer aplicar os Direitos Humanos. Trata-se de inventar as jurisprudências em que, para cada caso, tal coisa não será mais possível. Não há Direitos Humanos, há direitos da vida. Não se trata de direito disso ou daquilo, mas de situações que evoluem. E lutar pela liberdade é realmente fazer jurisprudência. São um bando de retardados. Ou devem ser um bando de hipócritas. Este pensamento dos Direitos Humanos é filosoficamente nulo. A criação do direito não são os Direitos Humanos. A criação do direito, a única coisa que existe, é a jurisprudência. Portanto, é lutar pela jurisprudência.

Gilles Deleuze, filósofo francês.

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